sábado, 6 de agosto de 2011

Desabafo de um renegado


Já tinha quase certeza do não, até aquele momento tudo corria como o esperado, sabia que você perfeitinha poderia não aceitar, mas tive esperança e por ser teimoso resolvi arriscar, escutar um não foi momentaneamente decepcionante, mas logo me recuperei, uma guerra de perguntas e respostas sentimentos e certezas iniciava se dentro de mim, fiquei incapacitado de qual quer reação, ali fiquei parado naquele lugar obscuro sufocante e hostil, quando passou aquele pequeno momento fiquei de longe observando seus movimentos, o tempo passava rapidamente e assim que deu à hora da volta para o meu castelo de terror e paz, então enquanto me despedia dos amigos procurava entre rostos de gigantes a tua face, entre abraços e apertos de mão eu tentava te achar, mesmo com a dolorosa fera da vergonha me consumindo continuava a tentar te enxergar, pois tinha medo de não mais falar com você antes de voltar pra meu castelo, quando finalmente te encontro em meio à multidão de gigantes, teu sorriso hipnotizante e encantador abre o caminho de você até mim, teus olhos brilhantes mostram-me os passos a serem tomados até nosso encontro, em fim nos abraçamos para a ultima despedida, naquele momento era o conforto mais incrível que eu senti mesmo curvado e me desdobrando para fazer aquilo, me recebeste com um sorriso incandescente na face como um amigo, então neste momento cada célula do meu corpo gritava suplicas para que eu falasse, dissesse o que eu realmente sinto o que eu realmente queria com você, queria que eu dissesse que desde aquele dia que eu te vi pela primeira vez junta de uns amigos, e aparentemente nossos olhares se entrelaçaram, eu não parei se um dia sem pensar em você, lembro de seus olhos, seu sorriso, seu cabelo ao vento, teu jeito meigo e atencioso de conversa, lembro de você. E também te dizer que as madrugadas tornam se lentas, pois não vejo um modo de te ter ao meu lado, meu conforto e passa tempo das madrugadas é imaginar como o simples fato de te beijar, te abraçar a luz da lua numa praia deserta, deitados na areia olhando para o horizonte esperando o raiar do dia, sentir a tua mão acariciar minha nuca enquanto aproveitamos os brilhos das estrelas. Deveria ter dito poemas que eu sei e recitar versos que eu mesmo criei, em troca de simples segundos de afeto teu, porém a única miséria reação minha foi te beijar o pescoço e falar com uma voz tremida e acuada, “Até semana que vem!”.
Autor :Eduardo Murilo S. Machado

Nenhum comentário:

Postar um comentário