Só mais um na multidão
Mas um ser sem coração
Que já tentou diversas vezes agradar
Mas o que só ganhou foi ficar mais a chorar
Vivia de uma forma de vida interessante
Parecia uma brita, porém por dentro era um diamante
Amigos ele tinha, mas poucos eram verdadeiros
Vivia em sua cidade natal, mas parecia estrangeiro
Buscava desesperadamente encontrar um alguém completo
Entretanto só encontrava peças sem afeto
Parecia um bobo, mas pensava em mundos
Onde não teria encrenca, trapaças, nem furtos
Idéias ignoradas foram ao vento
Mas o que não sabiam é que ainda não chegara a seu momento
De olhos brilhantes sonhava em seu futuro
Enquanto seu presente parecia tão soturno
Numa noite numa praia à luz do luar
A água gelada junta com a areia tocava seus pés e ele a pensar
Quando de repente uma mão fria e gélida lhe tocou
Foi uma figura de cabelos negros que ali lhe chamou
Conversaram por minutos até algumas rochas achar
Seus olhares eram como a lua e o mar
A todo instante insistiam a se encontrar
Então ele a convida calmamente pra sentar
Com o apoio de sua mão a ajuda a subir numas pedras
Senta se e tenta não falar qual quer merda
Passam uma noite tranqüila e esplendorosa
Ao raiar do dia ela é presenteada com uma rosa
Seguem os dois seus caminhos sem ao menos um beijo dar
Mas daquela noite nem um dos dois iria deixar de lembrar
Voltando a sua vida rotineira
O protagonista não tem mais esperanças de encontrar aquela parceira
Nos fins de semana seguintes
Voltou à praia até parecendo um pedinte
Caminhou novamente pela areia tentando avistá-la
Mas novamente sua frustração o a apunhala
Segue mais uma vez o seu rumo triste e vazio
Como se fosse o mar engolindo um pequeno navio
Ao voltar para casa lembra-se da noite imaculável
E chora, pois no momento ela é só recordável
Espanta-se com a demora do tempo a passar
Então fecha os olhos esperando a noite logo o abandonar
No outro dia a mesmice novamente bate a sua porta
Ele olha seus móveis a sua volta
Pensa em um momento sair dali
Porém suas forças são tão poucas que não consegue nem sorrir
Numa manhã de sol ardente levanta-se com seu sono a se perder
Na cidade de violência e desgraças que continua a apodrecer
Ainda cedo pra em qualquer lugar está
Na cidade maldita ele decide caminhar
Entra numa praça e avista as crianças com os pais para escola indo
Então nessa hora lembra-se da noite que passou sorrindo
Da moça estranha que do nada aparecera
E que também nem o nome dela ele saberá
Senta num banco e um jornal começa a ler
Crimes, roubos e desgraças continuam a acontecer
Levanta-se indignado como sempre fica
Mas nada fala em sua boca coloca uma fita
Exclama que queria que fosse diferente em seu pensamento
Queria mudar toda sua vida em algum momento
Quando um dia ele resolve variar
E o rumo do trabalho decide mudar
Com uma condução lotada vai a um campo com gramado
Deita-se nele e até parece hipnotizado
Mais uma vez uma mão toca o seu ombro
Novamente a moça incrível que vinha a seu encontro
Uma manhã mágica passaram a conversar
E em uma troca de olhares começaram a se beijar
E nesse momento nosso herói a perguntou
-Qual seu nome de diga, por favor!
A moça linda com os olhos reluzentes um sorriso da
E com uma pausa doce ela não se importa de falar
- Ana! ...
Autor: Eduardo Machadooo :P
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